sexta-feira, 18 de junho de 2010


No topo de um alto cume, um peregrino observa o vale. Seus olhos fitam as sombrias silhuetas dos habitantes da região descortinada diante dele. Nas mãos protege um cálice de néctar sagrado.

Ali, ante o peregrino, árvores são plantadas, árvores são cortadas. Casas são erguidas, casas são desfeitas. Caravanas acercam o vale, caravanas afastam-se dele. Toda a vida do vale desenrola-se sob seu olhar paciente. Bem distante, nos limites do horizonte, nuvens pesadas se formam. Ventos velozes movem-as com força, ruidosamente, mas nem a iminência de tempestade abala o peregrino.

A aproximação do mau tempo leva os habitantes do vale a se protegerem. Cada um "zela" pelo que lhe convém, sem notar que a seu lado há quem esteja em maior desamparo.

[...]

O peregrino segue: Em missão pela paz, e pelo amor.

Na fé para que o bem floresça. O néctar seja vendido em maior quantidade. Os ventos mudem de direção. E o sol preencha o vale com sua luz.

domingo, 6 de junho de 2010

Maria Bethãnia - Salve as folhas

Soneto 96

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça.
Amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera
Ou se vacila ao mínimo temor.

Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
È astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,

Antes se afirma, para a eternidade.
Se isto é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

Willian Shakespeare

sábado, 5 de junho de 2010

Sabiá


Luz!azul

Pétala

Lá!

Onde o ciclo se re-inicia

A graça:

Vênus anuncia o sábio sabiá!

Multicolorido pássaro

Leve alma limpa

Sonho vivo

Sábia leveza de asas macias que sabem bem onde pousar

E (re)pousar

Pousar e ofertar sua verdade transcendente

Verdade em D’us que somos nós.