No topo de um alto cume, um peregrino observa o vale. Seus olhos fitam as sombrias silhuetas dos habitantes da região descortinada diante dele. Nas mãos protege um cálice de néctar sagrado.
Ali, ante o peregrino, árvores são plantadas, árvores são cortadas. Casas são erguidas, casas são desfeitas. Caravanas acercam o vale, caravanas afastam-se dele. Toda a vida do vale desenrola-se sob seu olhar paciente. Bem distante, nos limites do horizonte, nuvens pesadas se formam. Ventos velozes movem-as com força, ruidosamente, mas nem a iminência de tempestade abala o peregrino.
A aproximação do mau tempo leva os habitantes do vale a se protegerem. Cada um "zela" pelo que lhe convém, sem notar que a seu lado há quem esteja em maior desamparo.
[...]
O peregrino segue: Em missão pela paz, e pelo amor.
Na fé para que o bem floresça. O néctar seja vendido em maior quantidade. Os ventos mudem de direção. E o sol preencha o vale com sua luz.