sexta-feira, 31 de dezembro de 2010


Era outra manhã
Lembro do cheiro de avelã..
De muito sol
De muita folha pelo chão
Era outro lugar
Embora fosse mesmo aqui
Havia um tal de sabiá
E um colibri
E eu só sei que éramos dois
Veio você logo depois
Como se fosse o fruto doce
Que brotasse da manhã..

(Toquinho)

domingo, 19 de dezembro de 2010

Não deixem de visitar..

O blog da nossa companhia:

CIA OBCENA DE ARTES!

http://ciaobcenadeartes.blogspot.com


abraços!

O amor não é orgânico.

Não é meu coração que sente o amor.
É a minha alma que o saboreia.
Não é no meu sangue que ele ferve.
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha
E nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu
Como se fossem novas estrelas recém-nascidas.


O amor brilha.
Como uma aurora colorida e misteriosa,
Como um crepúsculo inundado de beleza e despedida,
O amor grita seu silêncio e nos dá sua música.
Nós dançamos sua felicidade em delírio
Porque somos o alimento preferido do amor,
Se estivermos também a devorá-lo.

O amor, eu não conheço.
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo,
Me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega.
Morrer de amor é a substância de que a vida é feita.
Ou melhor, só se vive no amor.
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.

Vênus - Paulinho Moska